17 setembro 2009

COMER OU NÃO CARNE VERMELHA?

Eu sei, é chocante a imagem acima, mas coloquei justamente pra chamar a atenção para reflexão de cada um. Deixando de lado as preferências, a cultura, entre outras coisas, o fato é que cada vez mais escutamos sobre os malefícios do consumo excessivo de carnes vermelhas, tais como o aumento dos riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e como fator de risco no câncer de cólon e mama. Por outro lado, sabe-se que a carne é uma fonte rica em proteínas, vitaminas e minerais essenciais à saúde. As informações repercutem e entram em conflito com nossos valores nos deixando em dúvida sobre o que fazer com relação ao alimento. As perguntas mais freqüentes dizem respeito à quantidade recomendada de carne para se obter todos os benefícios sem correr riscos, ou então sobre os alimentos que servem como substitutos às proteínas de origem animal. Segundo o Fundo Mundial para Pesquisas contra o Câncer a recomendação é que um indivíduo não coma mais do que 500 gramas de carne vermelha por semana para diminuir seus riscos de contrair câncer. Pensando sob um outro aspecto, nos deparamos com a constatação de que a criação mundial de rebanhos bovinos responde a 18% de todas as emissões de gases causadores do efeito estufa. A Sociedade Européia de Cardiologia anunciou que é possível trabalhar contra as mudanças climáticas e ainda se defender das doenças cardiovasculares e do câncer, em uma única ação: comendo menos carne vermelha. Ou seja, as doenças cardiovasculares e o câncer são duas das principais enfermidades que assolam a humanidade e que têm conexões com os mesmos fatores que influenciam as mudanças climáticas. Há outros exemplos, como a influenza e a salmonela, ligadas às zoonoses induzidas pelo crescente número de rebanhos animais. A Organização Mundial da Saúde já está adotando e disseminando políticas de saúde que buscam explorar as inter-relações entre o aquecimento global e diversos tipos de enfermidades. Contudo, as associações médicas profissionais, ainda não estão fazendo o mesmo (um campo ainda não explorado pelos médicos no esclarecimento e na orientação dada aos seus pacientes)...Mas um órgão de peso como a Sociedade Européia de Cardiologia está começando a defender esta prática. Segundo a entidade, é difícil para os políticos fazerem as alterações necessárias nos setores de energia, transporte, agricultura, planejamento urbano e familiar se não contarem com o entendimento público acerca dessas questões...o caminho é longo, mas as pesquisas estão aí, cabe a cada um de nós refletir sobre o assunto, buscar orientação e constatação científica para tomar uma atitude.

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