27 fevereiro 2008

Relato de uma Paciente

Hoje atendi uma paciente que chegou dos Estados (após passar alguns dias de férias) no começo dessa semana. Conversamos e achei muito interessante o que ela me contou. Na verdade, os hábitos alimentares variam muuuuiiiiiitooo (já falei que eu tinha um paciente que tomava leite quente integral com uma colher de sal todo dia pela manhã?). Enfim, essa moça é muito especial, tem bastante conhecimento sobre alimentação saudável e consegue ser bem consciente. Nos conhecemos há mais ou menos um ano e pedi à ela a gentileza de escrever sua experiência para poder compartilhar com vocês. Aí vai:
No sul dos Estados Unidos, na Flórida mais precisamente, vivenciei a difícil tarefa de encontrar um local para tomar um café da manhã razoável, não digo nem saudável. Não foi pelo fato de estar de dieta (não estava) nem por ser "semi-vegetariana", mas sim por ter o mínimo de consciência do que estava comendo. Observem a opção "menos calórica saudável" que oferecem:
Fui dar uma caminhada numa praia e lá me deparei com muitas, muitas pessoas muito acima do peso. Não eram pessoas gordinhas, eram pessoas extremamente gordas que encaravam isso como um sinal de "ser bem alimentado". Na hora, pensei "oba, vou morar aqui e parar de fazer as minhas dietas pra perder meia dúzia de quilinhos". E, por incrível que pareça, a sensação de se sentir bem lá - no sentido de ter menos neura com o corpo - com todas as outras pessoas tão gordinhas, não foi suficiente para alegrar um dia. É de dar pena, tratar a comida, as grandes porções, com quantidades de gordura inimagináveis e sem nenhum valor nutricional, como se fosse algo normal ou mesmo saudável!
Outra coisa que me deixou em choque, é a naturalidade com que eles tratam a falta de frutas. Diversas redes de merdados (tirando os verdadeiros SUPER mercados) não trabalham com frutas. Diversos hotéis (não digo nem os de beira de estrada) não oferecem frutas no café da manhã, bem como a maioria dos restaurantes que servem o dejejum. (M.W.)

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